Não sei ao certo quanto tempo falta
para a “tão esperada” férias.
Mas isso faz parte do “plano”, aquele
de não se decepcionar quando o santo descanso acabar, as aulas voltarem e juntos
delas, todo aquele remorso por não ter feito exatamente aquilo que queria ter
feito. Que neura chata essa pós-férias!
“Não foi como eu quis, poderia ter
sido melhor, férias nunca são como achamos que seria...“. E por algum acaso, as
pessoas são?
Nem aquela loja pra lá de linda
surpreende a todas as suas expectativas!
É sobre isso: expectativas.
Expectativa é como pegar o volante
pela primeira vez. Pode dar certo. Ou não. Caso não dê, você já sabe!
É ótima a sensação quando se está
esperando muito algo, fazendo milhares de projetos (daqueles bem loucos, sem
pé, nem cabeça), mas é gostoso.
É ótimo sentir aquele friozinho na
barriga quando se espera tanto de alguém ou de alguma coisa (como as férias).
Mas você sabe, eu sei, nem sempre as
coisas são como queremos. Arrisco dizer que nunca são. Vez ou outra são
melhores. Vez ou outra não.
Mas aí está a essência da coisa toda.
Depois de muito ver que aquele amigo
não para tudo para lhe ajudar – mas ajuda quando pode; seus pais não dão a
devida importância àquilo que a empolga e tira seus melhores suspiros – mesmo
assim permanecem presentes em tudo; o tão esperado dia não saiu conforme o
planejado – mas trouxe alegrias...
Você percebe que expectativas não
valem. Mas aquilo que saiu dos seus planos fez algo ou alguém valer.
Viver não tem a ver com expectativas.
Tem a ver com deixar as coisas fluírem. Sem perder o controle, mas não
esquecendo que nesse barco, não é só você o comandante.
Nessas férias, não prometa nada. Não
queira muito de alguém.
Dê férias as suas expectativas. E
espere receber.